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COLUNA
PSICOLOGIA |
ADOLESCÊNCIA E PUBERDADE |
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A Organização Mundial de Saúde, procurando sistematizar esta questão, estabelece esta etapa evolutiva como compreendida entre os dez e os vinte anos. Por sua vez, no Brasil, o Estatuto da Criança e do Adolescente estabelece que adolescente seria toda pessoa entre 12 anos e 18 anos, ou seja, a partir dos 18 anos não seria mais considerado adolescente para os termos da lei. Eduardo Kalina (apud Outeiral, 2005 p.243) “enfatiza que o estudo da adolescência nos conduz à observação de um fenômeno complexo, que se desenvolve por um longo período,caracterizado por fenômenos progressivos e regressivos que atuam alternada ou simultaneamente, abarcando todas as áreas da personalidade: corpo, mente e mundo externo.” Peter Blos, (apud Outeiral, 2005 p. 243) ao conceituar puberdade e adolescência, “descreve a puberdade como um fenômeno predominantemente biológico e que compreende, basicamente as transformações corporais; e o termo adolescência os componentes psicológicos deste processo, que é constantemente determinado,modificado e influenciado pela cultura e pela sociedade. É ecessário,entretanto ressaltar que nem sempre a puberdade antecede a adolescência, como poderia parecer, pois, muitas vezes, as mudanças psicológicas começam antes das corporais.” Já de acordo com Maurício Knobel (apud Outeiral, p. 243-244) as características da adolescência podem ser observadas através de uma série de manifestações da conduta, as quais constituiriam a Síndrome da Adolescência Normal, sendo esta “síndrome”
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Cabe ressaltar que estas características da Síndrome Normal da Adolescência são muitas vezes encaradas por pais e professores como sinais de “patologia de ordem psicológica”, quando na verdade, são características próprias de uma etapa evolutiva do ser humano. Mas, também é importante ressaltar que, em alguns adolescentes algumas das características anteriormente citadas podem assumir um caráter psicopatológico e vir a necessitar de ajuda especializada quando alguma delas manifestam-se de maneira muito intensa e geralmente assumem proporções agressivas ou depressivas. Para que a saúde mental do adolescente evolua favoravelmente durante o desenrolar desta “síndrome” é importante a participação de pais e professores oferecendo espaços de escuta e acolhimento de suas dúvidas e angústias sempre que o adolescente demonstrar necessidade de diálogo.
Referências Bibliográficas: |
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Lucivani Soares Zanélla Psicóloga CRP 08/09127 Especialista em Saúde Mental e Intervenção Psicológica Contato: (44) 9808-0684 |
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COLUNAS ANTERIORES
CONSIDERAÇÕES SOBRE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE
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Este é um assunto que atualmente se faz muito presente no cotidiano de educadores e pais, pois estimativas da literatura apontam que algo em torno de 3 a 5% das crianças, em idade escolar, podem apresentar esta modalidade de transtorno. Mas, afinal o que é o déficit de atenção e hiperatividade? De acordo com o DSM IV (Diagnostic and statiscal manual of mental disorders) o transtorno de déficit de atenção/hiperatividade é definido como um problema de saúde mental. Este tipo de transtorno costuma ocasionar um grande impacto nas esferas da vida familiar, escolar e social da criança ou adolescente. A principal característica deste tipo de transtorno é um padrão persistente de desatenção e/ou hiperatividade, tendo em vista que em alguns casos podem ser observados a ocorrência somente da desatenção, em outros somente da hiperatividade ou ainda a ocorrência simultânea dos dois tipos de sintomas. A intensidade destes sintomas na criança diagnosticada com estes padrões de comportamento freqüentemente é mais severa do que quando comparado a outras crianças da mesma idade e que estão no nível equivalente de desenvolvimento. Algumas características: -Inquietação motora e períodos reduzidos de atenção abaixo do que seria esperado para a faixa etária. -Os sintomas acontecem em vários ambientes, na casa, na escola e em outros lugares em que a criança conviva. Portanto, se a criança manifesta os sintomas somente em um ambiente, como por exemplo, só na escola ou só na casa, deve-se criteriosamente avaliar qual outro fator pode estar desencadeando o comportamento. Muitas vezes confunde-se criança com falta de limites com criança hiperativa, por isso a importância de uma avaliação criteriosa realizada por equipe multiprofissional. |
-Em alguns momentos a criança parece estar no “mundo da lua”, distrai-se facilmente com qualquer ruído que para outras crianças passam despercebidos, muitas vezes essas crianças são tidas como desobedientes, preguiçosas, inconvenientes ou mal-educadas. Estas crianças apresentam dificuldade em adaptar-se ao meio em que vivem e corresponder às expectativas de seus pais e professores e estes também tem dificuldades em como saber lidar com elas. Frequentemente apresentam baixa tolerância à frustração, por este motivo acabam se envolvendo constantemente em conflitos no ambiente escolar e doméstico e por serem sempre alvo de repetidas correções e muitas vezes serem “castigadas” acabam também desenvolvendo problemas relacionados à auto-estima. Em casos de suspeita de transtorno de déficit de atenção e hiperatividade deve-se procurar recorrer a profissionais com experiência na área de saúde mental infantil tais como psicólogos, pediatras e neuropediatras. O diagnóstico deve contar também com a participação dos pais e dos professores envolvidos com a criança. O tratamento envolve a associação de terapia medicamentosa (conduzida e acompanhada por médico especializado), terapia psicológica, orientação a pais e professores, acompanhamento psicopedagógico.
Referência Bibliográfica consultada: Benczik, Edyleine B. P. Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade: atualização diagnóstica e terapêutica. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2000. |
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Lucivani Soares Zanélla Psicóloga CRP 08/09127 Especialista em Saúde Mental e Intervenção Psicológica Contato: (44) 9808-0684 |
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A IMPORTÂNCIA DO SONO PARA O BEM ESTAR PSICOLÓGICO |
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Na prática clínica, uma das queixas mais freqüentes dos pacientes se refere às alterações no padrão de sono. Queixas de insônia crônica ou sono excessivo são frequentes; os transtornos do sono estão, muitas vezes, associados a transtornos mentais. É importante destacar que as pessoas diferem em suas necessidades e padrões de sono, dificuldades temporárias em dormir principalmente quando estão muito tensas ou preocupadas são comuns. Não significa que a pessoa esteja com problemas de insônia ou transtornos psicológicos. A insônia pode ser caracterizada tanto por dificuldade em dormir como em se manter dormindo, ou ainda, pela má qualidade do sono. Quem sofre destas dificuldades apresenta preocupação com a falta de sono e principalmente, com as conseqüências disso no dia seguinte. A quantidade ou qualidade insatisfatória de sono causam angústia e irritabilidade, interferem na capacidade social e laborativa das pessoas. Dificuldades constantes para dormir se apresentam muitas vezes como sintomas em quadros depressivos e de ansiedade, na prática clínica as alterações de sono em conjunto com outros fatores são um importante indício para o estabelecimento de um diagnóstico. Portanto, é importante conhecer e permanecer atento ao seu padrão de sono, pois ele é um importante indício de como anda sua saúde mental. A seguir, algumas medidas para auxiliar na manutenção de um bom padrão de sono: |
Fonte consultada: Nardi, A. E. Questões Atuais Sobre Depressão. São Paulo: Lemos Editorial, 2006 |
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Lucivani Soares Zanélla Psicóloga CRP 08/09127 Especialista em Saúde Mental e Intervenção Psicológica Contato: (44) 9808-0684 |
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ENTENDENDO A DEPRESSÃO |
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A depressão é um transtorno de humor grave e frequente. O humor tem uma função adaptativa muito importante para a sobrevivência dos seres humanos. Quando o humor é normal, a pessoa consegue interpretar adequadamente o que acontece ao seu redor, se o ambiente está ou não favorável a si e assim planejar suas respostas a este ambiente de forma adequada. Já em pessoas com quadros de transtorno de humor, esta capacidade está comprometida e a pessoa interpreta o ambiente de forma distorcida, podendo ser excessivamente otimista nos casos de exaltação de humor, ou pessimista nos casos de depressão. Outra confusão que muitas vezes é feita é com relação a diferença de um episódio ocasional de tristeza e com um quadro depressivo. A tristeza é um sentimento humano normal e corresponde a uma resposta à frustração, decepção, perda ou fracasso. A tristeza não compromete a capacidade de raciocinar, de desempenhar atividades normais ou de reagir de forma favorável a uma boa notícia. A tristeza costuma diminuir com o passar do tempo e somente retorna quando o episódio que a desencadeou é lembrado. A tristeza não deveria ser confundida com a depressão como muitas vezes acontece. Ao contrário da tristeza, a depressão é uma doença com sintomas físicos e psíquicos bastante claros e intensos. Estes sintomas ocorrem mesmo sem a ocorrência de um fator ambiental que o desencadeie ou mesmo que ocorra um fator estressante, este não é muitas vezes tão grave para justificar a ocorrência dos sintomas. Dentre os sintomas da depressão podemos destacar: - Diminuição da disposição para o trabalho e interesse por atividades habituais;
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Pessoas que sintam alguns destes sintomas constantemente, com intensidade suficiente para comprometer sua vida social e no trabalho, devem procurar atendimento especializado para ser investigada a probabilidade de um quadro depressivo. Devido à complexidade e diversidade dos sintomas, é importante que o diagnóstico seja realizado por profissional com formação adequada e experiência no assunto. Existem vários tratamentos para depressão, mas o esquema de tratamento que vem se mostrado como o mais eficaz é a associação de psicoterapia (tratamento psicológico) paralelamente à utilização medicação específica. A participação da família contribui para a eficácia do tratamento. “Largue este remédio! Você pode superar isso com força de vontade, se ajude!” de nada ajudam o paciente a melhorar; pelo contrário muitas vezes pioram ainda mais o quadro depressivo. A família pode contribuir confortando o paciente, observando seus sintomas e as alterações para assim poder relatar ao profissional que esteja acompanhando o caso. Muitas vezes o paciente observa tudo o que acontece ao seu redor de forma negativa, e somente familiares ou outros observadores próximos são capazes de relatar os fatos relativos aos pacientes com clareza e objetividade. É importante ressaltar que com o tratamento adequado e este não sendo interrompido precocemente, é possível observar uma melhora significativa na qualidade de vida destes pacientes.
Referência: Nardi, Antônio Egídio. Questões atuais sobre depressão. 3.ed. rev. e ampl. São Paulo: Lemos Editorial, 2006. |
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Lucivani Soares Zanélla |
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