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15/02/12 Qua 9h32
Soja: Mercado Sinaliza Fundamentos Altistas

A cotação da soja pouco evoluiu desde o final de 2011. As expectativas de altas se deram em  relação à forte estiagem que castigou as lavouras do Sul do Brasil e Argentina, porém,  foi frustrada pelos dois últimos relatórios do USDA (Departamento Agrícola dos Estados Unidos) que não levou em consideração a real situação das lavouras, bem como, a produtividade que foi reduzida consideravelmente em algumas regiões do Brasil.

Na Argentina, as chuvas que caíram nos últimos dias, pouco ajudaram na recuperação das lavouras já comprometidas e a quebra de produção tanto de Soja quanto de Milho deve ser maior do que foi divulgado pelo USDA datado em 09 de fevereiro.

O relatório do USDA tem sinalizado que mais ajuste pode ser feito em relação aos números de safra para Brasil e Argentina se persistir a forte estiagem provocada pelo fenômeno la niña, em anos de frustração de safra na América do Sul, o Departamento Agrícola tem sido conservador.

Daqui para frente alguns pontos merecem uma atenção especial por parte dos produtores, sendo eles: 

1- No próximo relatório o USDA (Departamento

Agrícola dos Estados Unidos) deve trazer números de produção menores para América do Sul e diminuir ainda mais os estoques mundiais de soja, que já estão apertados em comparação aos anos anteriores.

2- Até o final de março o USDA (Departamento Agrícola dos Estados Unidos) deve anunciar oficialmente a área ser plantada de milho e soja nos Estados Unidos e os primeiros indicativos apontam para uma área maior de milho. Essa briga por área deve ser um dos fundamentos altista para as cotações da oleaginosa.

3- Os fundamentos ainda são favoráveis a soja, porém a volatilidade deve continuar com fortes altas em alguns dias e fortes realizações de lucros em outros, isso vem comprovar que a macroeconomia ainda deve trazer muita surpresa em 2012.

4- A China tem sinalizado que pode importar algo em torno de 55 a 56 milhões de toneladas, números esses que direcionados grande parte para os Estados Unidos elevaria as cotações em Chicago.

Bons Negócios!

Márcio Genciano
Análises de commodities Agrícolas
marciogenciano@bol.com.br