08/05/14 Qui 15h30
Adventista
Mais de 3 mil pessoas na Festa das Primícias
A Igreja Adventista do Sétimo Dia de Mamborê realizou a 11ª edição da Festa das Primícias. Mais de 3.200 pessoas compareceram no Bairro Adventista, no sábado (3) para, acima de tudo, dar graças a Deus pelos frutos da terra.

Outras informações sobre a história da Festa das Primícias em Mamborê foram publicadas em um site da Igreja Adventista e está transcrito abaixo:

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[MOPr] "A gente sempre pensou em fazer algo para agradecer a Deus", conta o agricultor, Jair Zonemberg. Há 11 anos a família Zonemberg participa da festa das primícias. Neste sábado, 03, os Zonemberg junto com milhares de pessoas estiveram na XI Festa das Primícias. Entretanto, a história da festa é caracterizada por um pequeno grupo de membros que desejavam agradecer a Deus em atos de fidelidade. No ano de 2004, em uma sala separada da igreja, o evento começou com 80 pessoas, número correspondente aos fiéis que frequentavam os cultos na pequena e simpática igreja de Mamborê Sítio, no município de Mamborê-PR.

O pregador era o próprio ancião e idealizador humano do evento, Ilson Gomes. Humano, pois segundo ele, a ideia veio do coração de Deus. Atualmente, Gomes é quem cuida do roteiro da festa. Já o microfone do orador passou por várias mãos em 11 edições, pelo pastor Fernando Iglesias, pastor Jefrey Wilson, pastor Erton Carlos Köhler, entre outros nomes até chegar as do departamental da Divisão Sul-Americana, Miguel Pinheiro. Vários cantores, quartetos e grupos musicas também passaram pelo palco, a última, Melissa Barcelos. De 80 participantes foram para 200 em 2005, de 200 para 450 em 2006 e assim a crescer sucessivamente.

De onze anos para cá, muita coisa mudou, a infra-estrutura foi uma das mudanças mais aparentes. A sala pequena se tornou desnecessária, pois uma tenda foi montada para proteger mais de 3.200 pessoas no pátio do templo. Os membros da igreja que assistiam a programação se tornaram os organizadores e participantes ativos da festa.

A neta de Jair Zonemberg, Samira de 11 anos, era um bebê quando aconteceu a primeira edição. Mais de uma década depois, a tradição continua na família, a menina participa da programação junto com seus dois irmãos, Rafiq de 5 anos e Kalil de 13 anos.

Na festa há batismos, mensagens musicais, história para as crianças, pregações e um momento especial que simboliza o real objetivo do evento, a gratidão ao Criador e mantenedor dos céus e da terra. Todas as famílias da igreja de Mamborê, que têm 60 membros, dirigem seus passos ao altar no palco central. As famílias se aproximam do altar formado em

  cima de uma carroça decorada com flores, que pertenceu aos pioneiros do município. Em reverência, depositam cestas de grãos, legumes e frutas destinadas posteriormente a instituições beneficentes.

"É um motivo de gratidão pelo ano que passou, pela colheita. Um momento de encontro entre os irmãos. Um momento de mais unidade entre a igreja. Um momento de adoração e louvor a Deus. Significa gratidão, adoração, louvor e reconhecimento", relata Gomes. De acordo com o patriarca da família, Zonemberg, o agricultor é dependente da chuva e do sol para ter sucesso na plantação. Eventos climáticos que estão sob o domínio de Deus.

Para o departamental da DSA, a festa é um momento de celebração por tudo que Deus tem feito durante o ano e um momento de reforçar a tradição. "O que a

esperamos é que a tradição continue, que vá aumentando cada vez mais e que as pessoas possam ver as bênçãos de Deus na agricultura, nos negócios e na vida com um todo", relata Pinheiro.

Os funcionários e os departamentais da Missão Oeste Paranaense (MOPr) estavam no evento em apoio e auxílio aos membros. "Nós apoiamos. O projeto é o fruto da fidelidade deles. Pelo fato de procurarem serem fieis a Deus em todos os aspectos, eles tiram uma vez por ano, um sábado para enaltecer a Deus e tornar o ápice da gratidão por tudo que Deus tem feito por eles", declara.

O ato de fidelidade é oferecer a Deus os primeiros rendimentos da terra. De acordo com o departamental de Mordomia Cristã da MOPr, Isaac Almeida, o evento tem base bíblica. "A Festa das Primícias fazia parte do calendário de festas anuais do povo israelita. A Páscoa era seguida pelos sete dias da festa dos pães asmos. O primeiro e sétimo dia eram dias de santa convocação, nos quais nenhum trabalho servil devia ser feito. No segundo dia da festa, as primícias da ceifa do ano eram apresentadas perante Deus", relata.

Ainda de acordo com Almeida, um molho de cevada era apresentado diante do altar de Deus, como forma de reconhecimento que todas as coisas eram dEle. "Antes que esta cerimônia se realizasse, não se deveria fazer a colheita", explica.

Para o pai de Sabrina, Dirlei Zonemberg, a tradição de ser grato e fiel a Deus ensinada pelos pais deve ser repassada para as próximas gerações, pois o tempo pode ter passado, mas Deus continua sendo o mesmo. "Mais de 10 anos se passaram e Deus continua derramando sobre nós as suas bênçãos", conclui.

Fonte: http://www.usb.org.br/mopr