Notícias Mamborê
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02/03/16 Qua
Rondônia/Tocantins
Religiosa de Mamborê é transferida
A Ir. Luzia Cândido dos Santos da Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição, após 19 anos trabalhando em Rondônia, foi transferida para Centenário, no Tocantins. Ela é filha de Antonio Cândido, que residia na região da Água Grande e, atualmente, mora na sede do município de Mamborê.

A Ir. Luzia levou um pouco da terra de Rondônia para ser benzida. "Terra de um chão sagrado que me acolheu e onde caminhei
como peregrina de Deus", disse a religiosa, que levará a terra para o novo estado.

Perguntada sobre a experiência em Rondônia, a religiosa envio um relatório, o qual está transcrito na íntegra, abaixo, com informações interessantes do trabalho em Rondônia e a transferência para o Tocantins.

Sobre a transferência

Já deixei Porto Velho, RO, ontem (28/2) à tarde. Mas ainda estou bem pertinho, em Ariquemes. Amanhã (1) passarei em Jaru, onde morei dez anos. Vou reencontrar algumas pessoas amigas. De Jaru vou a Cuiabá, onde ficarei alguns dias visitando nossas irmãzinhas que lá moram e também pessoas amigas com quem trabalhei e convivi em Juara/MT.

Um pouco da experiência em Rondônia

a) Cheguei em Porto Velho, em 1997. Morei cinco anos. Estudei. Iniciei o Trabalho no Estado, como professora, e também ajudei nos trabalhos da Igreja e CRB - Vida Religiosa Consagrada.

Em 2012 fui transferida para Jaru, RO, que fica a 290km da capital, Porto Velho. Dez anos: Uma experiência muito especial: iniciei um Projeto de Educação no presídio, junto a SEDUC. Aulas nas celas, não havia salas. Sistema modular, pelo CEEJA - Educação de Jovens e adultos. Contribuí como coordenadora da Pastoral Carcerária na Diocese de Ji-Paraná, por aproximadamente quatro anos. Organizamos cursos de Formação, Assembleias, etc. E visitas aos presídios com a equipe de cada paróquia. Tempo Sagrado! Há muitas experiências impossíveis de serem descritas! Profunda experiência de Deus!

Em fins de 2012, sou transferida novamente para Porto Velho, para a paróquia São José Operário. Continuo o trabalho como educadora numa escola administrada pelas Irmãs Marcelinas, que tem parceria com o Governo do Estado. Ajudei na Orientação. Muitos pais e mães me procuravam para saber sobre seus

filhos ou então esses eram chamados. Isso até outubro 2015.

Na paróquia ajudei em várias atividades. Em nível de Arquidiocese, ajudei na equipe de

  elaboração dos Encontros Bíblicos. Também membro da equipe de coordenação da CRB Regional Noroeste (Conferência dos Religiosos do Brasil).

Ajudei na assessoria de Retiros em vários grupos: lideranças da paróquia, seminaristas diocesanos, área missionária, lideranças da catedral e por fim, com um grupo de pessoas que passaram por um período de tratamento para superar a dependência química.

Foi um pouco da caminhada ao longo de um pouco mais de dezenove anos.

Sobre Rondônia: Amei Rondônia, aliás, amo! Povo muito acolhedor, gente de uma fé muito viva e comprometida. Povo sofrido e cheio de esperança. Até Ariquemes as pessoas vieram de estados, principalmente da região Sul, mas também do Espírito Santo, Minas Gerais e Paraná.

Na região de Porto Velho, Guajará Mirim, e outras cidades mais antigas, há muitas pessoas que nasceram no estado, ou vieram de Manaus e Nordeste.

Estou transferida para a Cidade de Centenário, no Tocantins. Falaram-me que é para ser “Presença junto ao Povo”. É uma missão que a Congregação assumiu não faz muito tempo.


Terra de Rondônia