II PARTE - DIVERSOS
LOCALIZAÇÃO E OUTRAS INFORMAÇÕES
O município limita-se com Campo Mourão e Farol ao norte, com Boa
Esperança e Juranda a oeste, com Campina da Lagoa e Nova Cantu ao sul e com
Luiziana a leste.
Apresenta clima sub-tropical úmido mesotérmico, com verões quentes e
baixa freqüência de geadas. Janeiro é o mês mais chuvoso e agosto o de pouca
precipitação pluviométrica. Não há estação seca definida. A média anual
fica em torno de 1.700 mm (EMATER, 1990).
Com o efeito “El Niño”, as chuvas de verão têm se intensificado e
estes têm sido mais quentes, nos últimos anos.
Quanto à temperatura, a média, nos meses quentes fica acima dos 22 °C
e nos meses frios, em torno de 14 ou 15 °C.
A altitude é 750 metros, em relação ao nível do mar.
Apresenta relevo suave ondulado e ondulado. A declividade varia de 1 a
45%.
Os solos são divididos da seguinte maneira: latossolo roxo, 65 %;
latossolo vermelho escuro, 13 %; terra roxa estruturada, 12 %; podzólico
vermelho-amarelo, 5 % e outros. Calcário e fertilizantes passaram a ser
aplicados com bastante intensidade, a partir da década de 80.
A área total do município é de 75.360,9 hectares, correspondendo a
0,38 % da área do Estado do Paraná.
A área urbana de Mamborê é de 2.789.134,52 m².
No ano de 1997 havia 598 telefones residenciais e 215 comerciais em
Mamborê.
Quanto à energia elétrica, no ano de 1996, chegava a 3.097 residências,
havia 322 consumidores comerciais e 847 rurais.
DISTÂNCIAS DE MAMBORÊ
CIDADE |
KM |
Curitiba |
494 |
Campo Mourão |
36 |
Maringá |
125 |
Londrina |
245 |
Cascavel |
145 |
Foz do Iguaçu |
285 |
São Paulo-SP |
795 |
Guaratuba |
630 |
Paranaguá (porto) |
607 |
Camboriú-SC |
750 |
Brasília-DF |
1.200
|
VEGETAÇÃO
Lavouras
anuais |
58.270 |
Lavouras
permanentes |
10 |
Pastagens
cultivadas |
11.000 |
Reflorestamento |
600 |
Matas
naturais |
3.490 |
Outras
áreas |
490 |
Total |
73.860 |
Fonte: EMATER / 1997
CULTURAS E OUTRAS INFORMAÇÕES
Culturas |
Nº de produtores |
Área (ha) |
Rendimento médio (kg/ha) |
Algodão |
30 |
250 |
2.400 |
Arroz
irrigado |
08 |
30 |
5.000 |
Arroz
sequeiro |
100 |
100 |
1.800 |
Cana-de-açúcar
|
20 |
120 |
80.000 |
Feijão
das águas |
150 |
150 |
740 |
Feijão
das secas |
20 |
100 |
800 |
Mandioca |
170 |
300 |
18.000 |
Milho |
350 |
7.000 |
6.000 |
Milho
safrinha |
150 |
3.500 |
1.800 |
Soja |
1.100 |
50.000 |
2.700 |
Trigo |
400 |
20.000 |
2.480 |
Fonte: EMATER / 1997
A erva-mate passa a ser incentivada como opção para os pequenos
proprietários rurais e para as áreas não mecanizáveis, mas ainda conta com
poucas dezenas de hectares cultivados.
Bovinos |
18.815 |
Suínos |
7.000 |
Ovinos |
1.400 |
Galinhas |
16.000 |
Galos,
Frangos e Pintos |
10.800 |
Fonte: EMATER /1997
HIDROGRAFIA
RIO |
EXTENSÃO EM KM |
Goio-Bang |
33,5 |
Sununu |
31,0 |
Gavião |
29,0 |
Tricolor |
26,7 |
Pedras |
21,0 |
Guarani |
18,7 |
Água
Grande |
17,5 |
Tamoyo |
14,8 |
Lageado |
13,7 |
Barrinha |
13,0 |
Sertão |
12,3 |
Guajuvira |
9,5 |
Barreirinha |
8,0 |
Ribeirão
Mamborê |
7,3 |
Água
da Onça |
7,0 |
Barro
Preto |
6,5 |
Mutum |
6,5 |
Canguçu |
6,3 |
Tigre |
5,3 |
Piriquito |
3,7 |
ARROIO |
EXTENSÃO EM KM |
Água
Grande |
12,0 |
Lavandonski
|
10,5 |
Sanga
Funda |
8,4 |
Araçá |
5,0 |
Cotia |
4,2 |
CÓRREGOS |
EXTENSÃO EM KM |
Água
Vista Alta |
4,0 |
Córrego
Pinheiro Seco |
4,0 |
Água
do Bruno |
3,5 |
RIBEIRÃO |
EXTENSÃO EM KM |
Guajuvira |
6,8 |
Claro |
5,0 |
Ranchinho |
5,0 |
ERVA-MATE - A LENDA
Apresentamos a lenda indígena da erva-mate, devido a importância que
esta planta teve para o início de Mamborê:
Era sempre assim: a tribo derrubava um pedaço de mata, plantava a
mandioca e o milho, mas depois de quatro ou cinco anos a terra se exauria e a
tribo precisava emigrar à terra além.
Cansado de tais andanças, um velho índio, já muito velho, um dia
recusou seguir adiante e preferiu ficar na tapera. A mais jovem de suas filhas,
a bela Jary, ficou entre dois corações: seguir adiante, com os moços de sua
tribo, ou ficar na solidão, prestando arrimo ao ancião até que a morte o
levasse para a paz do Ivy-Marae. Apesar dos rogos dos moços, terminou
permanecendo junto ao pai.
Essa atitude de amor mereceu ter recompensa. Um dia chegou ao rancho um
pajé desconhecido e perguntou a Jary o que é que ela queria para se sentir
feliz. A moça nada pediu. Mas o velho pai pediu: “Quero renovadas forças
para poder seguir adiante e levar Jary ao encontro da tribo que lá se foi”.
Entregou-lhe o pajé uma planta muito verde, perfumada de bondade, e
ensinou que ele plantasse, colhesse as folhas, secasse ao fogo, botasse os
pedacinhos num porongo, acrescentasse água quente ou fria e sorvesse essa infusão.
“Terás nessa nova bebida uma companhia saudável mesmo nas horas tristonhas
da mais cruel solidão”. Dada a receita, partiu.
Foi assim que nasceu e cresceu a caamini. Dela resultou a bebida caá-y,
que os brancos mais tarde adotaram com o nome de chimarrão.
Sorvendo a verde seiva, o ancião retemperou-se, ganhou força, e pode
empreender a longa viagem até o reencontro com os seus.
Foram recebidos com a maior alegria.
E a tribo toda adotou o costume de beber da verde erva, amarguentinha e gostosa, que dava força e coragem e confortava amizade mesmo nas horas tristonhas da mais total solidão.