O MUNICÍPIO
(1960)
A LUTA
No final dos anos cinqüenta e início dos sessenta alguns habitantes
ilustres do Distrito de Mamborê deram início a um movimento objetivando a
emancipação. Estes seguiram à capital Curitiba e receberam apoio dos
deputados estaduais Anybal Cury e Jorge Amim Maia.
Os líderes eram estes: Antonio Farid, Daniel Miranda, Irani Roque
Martins, Itacy Ferreira Martins, Nelson Chiminácio e Paulino Ferreira Messias.
SURGE
UM NOVO MUNICÍPIO
Foi o momento de Mamborê conseguir a sua emancipação político-administrativa,
desmembrando-se de Campo Mourão.
A criação do Município aconteceu em 25 de julho de 1960, através da
Lei Estadual Nº 4.245. A publicação no Diário Oficial data de 28 de julho do
mesmo ano.
A Vila e, mais tarde, Distrito, era conhecido como “Mamburê”. No
momento de passar para o Diário Oficial, houve um engano e foi registrado
“Mamborê”. Desta forma, o Município nasceu com um nome novo.
INSTALAÇÃO
E PRIMEIRA ELEIÇÃO
Em 10 de setembro de 1960, Nelson Chiminácio assume como prefeito, sendo
nomeado pelo Governo do Estado, pela Resolução Nº 31.467 de 16/8/60.
A primeira eleição do Município de Mamborê foi em outubro de 1961 e
os candidatos foram Nelson Chiminácio e Ernesto Carlos Look, sendo o último o
vencedor, por uma diferença de 162 votos. O seu vice foi Edmundo Malmstron
(Doca), aprovado pela câmara de vereadores. Nesta época o vice-prefeito não
era eleito pelo povo.
A posse do primeiro prefeito e dos nove vereadores ocorreu em 3 de
novembro do mesmo ano.
CAMPO
DE AVIAÇÃO
Em torno do ano de 1960 havia um campo de aviação, como era chamado, no
local da Serraria Slavieiro, atualmente desativada. Sempre aterrissavam aviões
de porte pequeno, devido haver muitas companhias exploradoras de madeira e as
condições precárias das estradas.
Numa ocasião, durante a campanha política para a primeira eleição do
município, Rodolfo Look, irmão do candidato e futuro prefeito Ernesto, estava
consertando algo no motor do seu caminhão, quando alguém tentou assustá-lo
com outro veículo, vindo de frente. Faltou freio neste e suas pernas foram
prensadas contra o pára-choque do caminhão. Rodolfo foi levado a Curitiba de
avião, mas teve que amputar as pernas.
SEGUNDA
ELEIÇÃO
No ano de 1965 houve a segunda eleição do Município de Mamborê.
Concorreram João Szesz e Nelson Chiminácio.
Aconteceu que nesta, a diferença de votos foi de somente 8 (oito).
Solicitada a recontagem por Nelson Chiminácio, a diferença aumentou ainda
mais, confirmando a vitória de João Szesz. A diferença aumentou, devido a
alguns votos duvidosos serem considerados, na recontagem.
A
SEDE DO PODER EXECUTIVO
Ao ser emancipado do Município de Campo Mourão em 1960, a casa onde
funcionaria a sede da nova Prefeitura de Mamborê possuía apenas uma
escrivaninha. Esta localizava-se na esquina das atuais Avenida Augusto Mendes
dos Santos e Rua Ricardo Kauffmann (proximidades da Praça das Flores).
A sede da nova prefeitura funcionava na casa onde estava a
sub-prefeitura, quando pertencia a Campo Mourão.
Era anexa ao escritório e livraria de Daniel Miranda e posto do correio.
Já no início do mandato de Ernesto Carlos Look, primeiro prefeito
eleito, foi alugada parte da casa pertencente a João Marron, na esquina das
atuais Avenidas Interventor Manoel Ribas e Antonio Chiminácio, onde, atualmente
está instalado o Bazar Janete.
Em menos de um ano a sede da Prefeitura do jovem Município de Mamborê
foi transferida para o local onde hoje está a estação rodoviária. Ali
permaneceu por aproximadamente 20 anos.
A nova sede foi inaugurada em 20 de fevereiro de 1981, no mandato de
Ubiraci Pereira Messias, recebendo o nome de Paço Municipal de Mamborê.
Futuramente seria mudado para Paço Municipal Nelson Chiminácio, em homenagem
ao primeiro prefeito de Mamborê (prefeito nomeado).
A Câmara de Vereadores, dentro dos primeiros vinte anos de Mamborê,
teve vários endereços na cidade e sempre funcionou separada do prédio da
Prefeitura. Esteve por mais de dez anos à Av. Manoel F. da Silva, no prédio
onde se localiza a Móveis Marques, atualmente. Com a inauguração do novo Paço
Municipal em 1981, o Poder Legislativo passou a ter a sua sede junto ao mesmo.
PODER
LEGISLATIVO
A primeira Câmara de Vereadores, composta por nove membros, realizou a
reunião, relatada na ata de Nº 1, em 2 de dezembro de 1961. Assinaram esta
primeira ata os vereadores: Itacy Ferreira Martins (presidente), Irani Roque
Martins, João Szesz, Polon Radecki, Ângelo Gaio, João Batista Chiesa, Oswaldo
Borgo e Fernando Pinto de Carvalho.
O primeiro Projeto de Lei, Projeto 01/61, estabelecia os feriados
municipais de 28 de julho - aniversário do Município e 8 de dezembro - Nossa
Senhora Imaculada Conceição, padroeira do Município. O feriado do aniversário
permaneceu até o ano de 1982. A partir do ano seguinte, o aniversário passou a
ser comemorado em 10 de setembro, data da instalação do Município.
Os vereadores do jovem município, com escassos recursos, recebiam um
valor que praticamente cobria apenas as despesas que tinham para desempenhar o
trabalho. Mesmo assim, abriram mão desta remuneração, uma vez que o município
tinha uma fonte de renda muito baixa. Houve gestões nas quais os vereadores já
eram eleitos sabendo que não receberiam nada, financeiramente.
CINEMA
A partir de 1958, Armênio Coelho da Costa, há apenas um ano no Brasil,
vindo de Portugal, começou a administrar o Cine São Pedro, de propriedade de
Ernesto Carlos Look. Mais tarde adquiriu o mesmo.
Houve casos nos quais Armênio ia a Campo Mourão buscar filmes e, devido
a chuva, o ônibus não retornava. A solução era vir a pé, por atalhos, uma
vez que a estrada principal era via Campina do Amoral.
Em 1964, o cinema, todo de madeira, queimou, sendo reconstruído em
alvenaria. A partir de 1966 passou a se chamar Cine Ópera e tinha lugares para
centenas de pessoas.
Possuía gerador, com motor a diesel, para alimentar as máquinas.
Numa época em que as cidades do interior não conheciam a televisão, os
cinemas faziam o maior sucesso e multiplicavam-se. Em Mamborê, havia filme
quase todos os dias. Entre os vários apresentados ao longo do tempo, citamos:
“O Sobrevivente dos Andes”, “Ben-Hur”, “Os Dez Mandamentos” e “Quo
Vadis”.
O Cine Ópera funcionou até o início da década de 80.
RÁDIO
A partir de 1963 Mamborê passou a ouvir músicas tocadas em discos de 75
rpm, entretenimento e informações na voz dos próprios mamboreenses. Entrava
no ar a Rádio Educadora de Mamborê.
Tratava-se de um transmissor de Amplitude Modulada, que Armênio C. da
Costa comprou de uma estação de rádio de Londrina-PR. Este montou o restante
dos equipamentos e a emissora permaneceu no ar até o ano de 1966.
A audiência era muito grande dentro do município e até nas cidades
vizinhas. Prova disto eram as inúmeras cartas recebidas pelos apresentadores.
Havia programas religiosos e, aos domingos, a Santa Missa era transmitida
da Igreja Matriz. Também havia show de calouros, o qual e2a apresentado por
Gilberto Rodrigues, o “Gilbertinho”, falecido em 1998.
O transmissor e demais equipamentos funcionavam com a energia produzida
pelo mesmo gerador utilizado no Cine Ópera. Desta forma, a emissora entrava no
ar as 5 horas da manhã e permanecia até às 10 horas. Era desligada para
evitar um super aquecimento. Retornava às 14 horas, permanecendo até às 19.
Além de Gilbertinho, também apresentavam programas, Inês Schwab, Ibiraí,
Lázaro Rocha, Vanderlei Guimarães, Sérgio, entre outros. Cada apresentador,
se quisesse ganhar algo, tinha que procurar patrocinadores junto ao comércio
local.
Devido a não haver nenhum retorno financeiro, a rádio saiu do ar.
CORREIOS
Em torno do ano de 1960, não havia agência dos correios em Mamborê.
Havia apenas um posto que funcionava junto ao escritório de Daniel Miranda,
onde trabalhava João M. Dantas.
Uma vez por semana as correspondências eram levadas a Campo Mourão e,
é claro, as endereçadas a Mamborê, eram trazidas.
PROFESSORES
TRANSFERIDOS
Com a posse de Ernesto C. Look, como prefeito municipal, a professora
Alzira de Carvalho Freitas assumiu o Departamento de Educação. Esta,
transferiu alguns professores para diferentes cidades, dificultando em muito o
trabalho dos mesmos. Com o esforço de pessoas como Emília Martins Cruz (Miloca),
Daniel Miranda, um deputado estadual, de nome Armando, entre outras, aprovou-se
uma lei obrigando os professores retornarem. Desta forma, a professora Alzira
também teve que voltar à sua cidade de origem.
PADRE JOSÉ SAUER
O Pe. José esteve em Mamborê no período de 01/1962 a 11/1964.
Residiu, por último, na cidade de Matinhos - PR. Gentilmente nos recebeu
em 7 de janeiro de 1998 e forneceu algumas preciosas informações sobre sua
passagem por Mamborê. Apesar dos seus mais de 90 anos de idade, demonstrou
estar bastante lúcido e lembrou de acontecimentos, nomes de lugares e de
pessoas de Mamborê.
Pe. José Sauer nasceu na Alemanha em 20/03/1905 e veio para o Brasil com
28 anos de idade. Faleceu em março de 1998.
Na época, atendia, além das localidades de Pensamento, Lageado, Água
do Macuco (atual Palmeirinha), Paulistas (atual Canjarana), Guarani, etc., também
Boa Esperança e Campina da Lagoa. Fazia uso do Jeep que, segundo ele, era
bastante novo, pois fora adquirido quando o Pe. Leopoldo, seu antecessor, estava
à frente da Paróquia de Mamborê.
Pe. Sauer disse ter tentado aprender a dirigir, mas devido às más condições
das estradas, desistiu, passando o trabalho ao motorista Benjamim e,
posteriormente a Crécio Costa, com quem viveu seus últimos dias em Matinhos.
TÍTULO ELEITORAL
No início dos anos 60, época na qual uma fotocópia de documento era
bem mais difícil do que dirigir-se até os estabelecimentos variados que
existem na atualidade, oferecendo tal serviço, utilizava-se a chamada “pública
forma”. Tratava-se da descrição em palavras de tudo o que constava em um
documento, inclusive símbolos, brasão e logotipos. No final, o funcionário
assinava confirmando ser verdade tudo o que descreveu.
Foi nesta época que João Maria Dantas, nomeado juiz preparador, ou
seja, aquele que encaminhava o processo para a obtenção do título de eleitor,
saía a procura dos munícipes para fornecer o documento.
Ia aos povoados nos dias de festa, para encontrar os moradores reunidos.
Colocava um cobertor em uma parede para servir de fundo para as fotos. Às vezes
os formulários eram preenchidos sobre tocos de árvores.
A QUEIMA
No ano de 1964, houve uma grande queima, destruindo uma vasta região do
Estado do Paraná. Após uma geada no mês de agosto, veio um longo período sem
chuva. Durante várias semanas as pessoas ouviram falar do fogo que vinha e,
quando chegou, destruiu matas, paióis de milho e animais. Foram dias e dias de
muita fumaça no ar.
O Paraná recebeu ajuda de outras partes do país e até de outros países.
“PALA BRANCA” - LENDA OU REALIDADE
O conhecido Pala Branca veio da região de Caçador, Estado de Santa
Catarina, após um tiroteio com a polícia daquele lugar.
Passou a residir na região de Pensamento e possuía um documento com o
nome de Fermino Caneveze, outro com o nome de Augusto Cela e havia um terceiro.
Era chamado de Pala Branca devido a sempre usar um pala desta cor, para cobrir
as armas de fogo que carregava presas ao seu corpo.
Tinha três filhos e três filhas, todos muito educados. Todos os membros
de sua família eram muito acolhedores, segundo amigos do mesmo. Ao chegar, à
noite na casa de alguém, por mais que fosse conhecido, não incomodava. Dormia
próximo a cerca e só de manhã chamava os donos da casa.
Era temido por aqueles que o conheciam ou sabiam de sua fama de “valentão”.
Ao mesmo tempo, para os amigos, era um bom homem e usufruíam de sua proteção.
Não era difícil para tirar a vida de outro. Bastava que este o provocasse ou
prejudicasse um amigo seu.
Numa festa em Pensamento, um bêbado o provocou e o ameaçou com um facão.
Pala Branca afastou-se até que os galhos de uma árvore não permitissem mais.
Aí o bêbado o feriu na cabeça. Pala Branca sacou sua arma e o matou.
Entre os integrantes de sua gangue, destacavam-se Pé Grande, Cabeça de
Tigre e Camisa de Couro.
Numa ocasião chegou a entrar a cavalo num bar em Mamborê a procura de
alguém.
Alguns proprietários de cavalos procuravam fazer amizade com Pala
Branca, assim, ficavam mais tranqüilos e os animais não seriam roubados.
Para alguns que o conheceram, ele não era um “ladrão de cavalos”,
propriamente dito. Houve casos nos quais ele e seus homens retiraram animais de
propriedades com a intenção de prejudicar o proprietário, inimigo seu. Estes
animais não seriam vendidos e nem utilizados por Pala Branca.
Um grande mistério o envolvia também. Ninguém explicava como Pala
Branca desaparecia nos momentos em que sua liberdade parecia ameaçada. Casos
como o de uma festa com os amigos numa residência em Mamborê. Pelas tantas,
apareceu a polícia à procura de Pala Branca. Simplesmente, ele desapareceu,
voltando ao meio dos amigos algum tempo mais tarde.
Numa ida a Pensamento com um amigo, à noite e a cavalo, após
aproximadamente 5 quilômetros da cidade, avistaram dois Jeeps da polícia vindo
em sentido contrário. Pala Branca disse ao amigo para que seguisse adiante.
Assim o fez. Passando a ponte, os policiais perguntaram ao amigo por Pala
Branca. Este disse não saber. Seguiram. Minutos mais tarde Pala Branca alcançou
o amigo. Acontece que naquele trecho a estrada se transformava num verdadeiro
corredor, com mato e cerca dos dois lados, não havendo a mínima possibilidade
de se esconder fora da mesma.
Numa outra feita, Pala Branca e os amigos estavam na Zona do Baixo Meretrício
que se localizava nas proximidades da esquina da atual Av. Paulino F. Messias e
Rua Piraí. A polícia apareceu de repente na porta. Pareceu ser automático;
entrou a polícia, Pala Branca sumiu. Os amigos disseram aos policiais que ele
estava ali e que não sabiam para onde tinha ido. Apenas sua mula foi levada
para a delegacia. Uma hora mais tarde mais ou menos Pala Branca já estava
novamente entre os amigos e as mulheres.
Quando perguntado como fazia aquilo, apenas ria.
Quando saía de mudança para Pinhão - Paraná, foi ferido e escondeu-se
em Pensamento por um certo tempo. Veio a morrer mais tarde em uma briga com seus
capangas, em Larajeiras do Sul - Paraná. Nesta, morreram, além de Pala Branca,
mais duas pessoas.
UMA NOVA IGREJA
Com o passar do tempo, surge a necessidade de se construir uma igreja
maior. Esta, em alvenaria e que existe atualmente começou a ser construída no
início da década de 60, quando o Pe. José Sauer estava em Mamborê.
O local foi exatamente o mesmo no qual estava a igreja construída em
1956, ou seja, a nova foi construída em volta, deixando a velha no seu interior
para que pudesse ser utilizada até a conclusão.
AVIAÇÃO
Numa época em que os recursos municipais eram poucos e não havia máquinas
para a manutenção das estradas rurais, a solução era fazer uso do trabalho
dos próprios moradores.
Em determinadas áreas do município havia um morador que era designado
inspetor municipal. Este organizava a “aviação”, que era uma espécie de
mutirão onde cada um tinha que prestar cinco dias de serviço por ano. O
inspetor municipal, entre outras funções, controlava os dias de trabalho
prestados por cada pessoa, para a manutenção das estradas. Alguns colaboravam
com madeiras para pontes; outros com animais e arado.
Em 1946, aconteceu uma reunião entre centenas de moradores e decidiram
abrir a estrada entre Campina do Amoral e Mamborê, construindo pontes. Só então
foi possível a vinda do primeiro caminhão para o povoado.
EDUCAÇÃO
As propriedades rurais eram menores. Desta forma, o número de
habitantes, cada um com o seu pedaço de terra, era maior. No ano de 1971, por
exemplo, o Município de Mamborê possuía mais de trinta mil habitantes. Nesta
época o atual Município de Juranda ainda pertencia a Mamborê.
A população rural sempre era maior que a urbana. Prova disso são as 83
escolas de ensino primário existentes na zona rural no ano de 1971 e, a maioria
delas, funcionando em três períodos diários, sendo eles, das oito às onze,
das onze às catorze e das catorze às dezessete horas. Em algumas dessas
escolas o número de alunos chegava a 120, não esquecendo que nestas salas
superlotadas estudavam as quatro séries do primário, juntas.
Em poucos anos o número de escolas municipais rurais caiu
vertiginosamente. Isto devido ao êxodo rural. Os poucos alunos passaram a
estudar nas escolas da zona urbana, fazendo uso do transporte escolar municipal,
feito através de ônibus.
No ano de 1992 o número de escolas rurais já tinha caído para 31,
chegando a 12 em 1998. Nos dias de hoje, há 5 escolas municipais na zona
urbana.
POPULAÇÃO
Estes são os números dos censos realizados em Mamborê. Notemos a
diminuição na população rural e aumento na urbana. Lembremos também que em
1981, Juranda emancipou-se, diminuindo bastante a população de Mamborê.
Ano
|
Pop. urbana
|
Pop. rural
|
Total
|
1960
|
1.292
|
8.984
|
10.276
|
1970
|
4.735
|
29.780
|
34.515
|
1980
|
8.419
|
16.561
|
24.980
|
1991
|
8.314
|
7.718
|
16.032
|
1996
|
8.033
|
7.254
|
15.287
|
1997(estimativa)
|
|
|
15.077
|
Fonte:
IBGE / 1997
De acordo com o Departamento de Planejamento Municipal de Mamborê, ano
de 1997, esta é a população estimada para cada comunidade do município:
Comunidade
|
Habitantes
|
Patrimônio Guarani
|
1.800
|
Vila Pensamento e Palmeirinha
|
750
|
Vila do Canjarana
|
600
|
Comunidade do Lageado
|
300
|
Comunidade da Clauri
|
150
|
Comunidade do Gavião
|
150
|
Comunidade do Araçá
|
150
|
Comunidade da Água Grande e Sununu
|
350
|
A densidade demográfica de Mamborê é de aproximadamente 20 habitantes
por km ². Bem a baixo a do Estado do Paraná, que é de 45,1 hab/km² e um
pouquinho acima a do Brasil: 18,4 hab/km².
De acordo com o TRE, ano de 1997, o número de eleitores em Mamborê é
de 12.198.
SINDICALISMO
O Sindicato Rural Patronal de Mamborê deu os seus primeiros passos na década
de 60, com a aprovação do estatuto em Assembléia Geral Ordinária no dia 19
de junho de 1966. Este teve o artigo 6 retificado em Assembléia no dia 27 de
janeiro de 1985.
No ano de 1966, era presidente Adolfo Valiati e, secretário, Edmundo
Malmstron.
A primeira sede do Sindicato Rural era na Av. Interventor Manoel Ribas. O
terreno, com 700 m², foi adquirido em 23/12/67. Faziam-se presentes no momento
Archilles Martins, João Luiz Fernandes e Daniel Miranda.
O primeiro sócio inscrito nos registros do Sindicato é Frederico A. A.
Germandorffe, em 1967.
O Ministro do Trabalho outorgou a Carta Sindical, comprovando o seu
estatuto e reconhecendo-o como órgão representativo das categorias econômicas
dos empregadores rurais do Plano da Confederação Nacional da Agricultura no
dia 14 de março de 1969.
Em fevereiro de 1998 o Sindicato Rural de Mamborê inscrevia o sócio número
2.661.
GRUPOS, MOVIMENTOS, PASTORAIS
O Apostolado da Oração foi trazido para Mamborê em 14 de novembro de
1942 por Maria Mendes Cruz (esposa de Augusto Mendes dos Santos). Veio da Paróquia
Santa Ana de Pitanga. As primeiras fitas foram entregues pelo Pe. Aloísio
Jacobi em junho de 1943, às seguintes pessoas: Marcolina Taborda Ribeiro,
Carolina Batista, Margarida
Nascimento Mendes e Elvira Taborda Santos (mãe da professora Maria de Lourdes
dos Santos).
A Congregação das Filhas de Maria foi fundada antes ainda de Mamborê
ter a sua Paróquia, ou seja, antes de 1956.
A Congregação Mariana foi fundada na época em que o Pe. Leopoldo
estava à frente da Paróquia, mais precisamente no ano de 1959. O primeiro
presidente foi Miguel Giordani. Tanto os congregados marianos quanto as
integrantes das Filhas de Maria usavam fitas azuis.
Houve também em Mamborê a Cruzada Eucarística. Esta era formada por
crianças, as quais usavam fitas amarelas.
Em 14 de setembro de 1974 surgiu o Grupo MOCCRIMAM - Mocidade Católica
Cristã Mamboreense. Entre os fundadores estava Ademar Oliveira Lins, que seria
ordenado padre em 1983. Ao longo de sua história, vem prestando relevantes
serviços à comunidade. Como promoção que virou tradição, citamos o
Concurso de Quadrilhas que em 1998 aconteceu em sua décima edição, mantendo a
tradição das Festas Juninas.
O Grupo SOSOLCRIS - Somos Soldados de Cristo foi fundado em 30 de janeiro
de 1982. Entre os vários trabalhos realizados ao longo de sua existência,
citamos o FESTIBAILE - Festival de Música Popular Brasileira e Baile, o qual
aconteceu por oito anos consecutivos, a partir de 1982 e da GINBEMAM - Gincana
Beneficente Mamboreense.
Na Capela Nossa Senhora da Glória, localizada à Rua Nelson Camargo
Alves, fundou-se o Grupo JOUCRIMAM - Jovens Unidos a Cristo de Mamborê, em 6 de
março de 1994.
COMUNIDADE UCRANIANA
As primeiras famílias de origem ucraniana começaram a chegar em Mamborê
em 1947, procedentes de Prudentópolis e outras localidades.
As primeiras missas no Rito Oriental foram celebradas nas residências
dos pioneiros, pelo padre Irenarco João Malanhak, em 1948. Depois, também
passaram pela comunidade os padres Carlos Trehuk e Solanka.
A primeira igreja Santa Ana foi construída na atual Rua Guadalajara
(local de Prefeitura Municipal), por Sofrão Leuch.
Nos primeiros anos da década de 60 os dois padres deixaram de atender
Mamborê. Estes não aprovaram o fato da comunidade permitir, com bastante
facilidade, que o prédio que seria para as irmãs ucranianas, ainda em construção,
fosse entregue para a paróquia de Rito Latino. Esta construção passou, a
partir de 1962, a abrigar o Educandário Sagrado Coração de Jesus.
No ano de 1963, veio o padre Floro Vodones, após um período de
abandono. Este deu esperanças à comunidade ucraniana e a incentivou para que
se preparassem, pois faria de tudo para que viessem irmãs para trabalhar em
Mamborê.
No dia 30 de janeiro de 1964 aconteceu, pela primeira vez, a Primeira
Comunhão das crianças preparadas pelas irmãs, que ainda residiam em Roncador
- PR.
Em 19 de outubro de 1964, as irmãs Metódia Boguch e a rigorosa Demétria
Fiel, vieram em definitivo. Estas pertenciam à Congregação Irmãs Servas de
Maria Imaculada, fundada na Ucrânia em 1822.
Inicialmente residiram em casa alugada. Já no ano seguinte, 1965, teve
início a construção da casa para as irmãs, nas proximidades da atual. O poço
feito naquele ano, ainda é preservado com bastante carinho. O terreno para a
construção foi doado pela administração municipal, sendo prefeito na época
Ernesto Carlos Look.
A igreja do Rito Ucraniano Santa Ana, foi construída por Vicente Gnat,
sob a direção do padre Benedito Melnyk. Era presidente da comunidade na época,
Nicolau Korczovei. A inauguração da mesma se deu em 23 de novembro de 1969.
No dia 15 de setembro de 1996 o bispo Dom Efraim abençoou o pedra
fundamental para a construção da nova igreja. Esta teve início em 1997.
ESCOLA DA COMUNIDADE UCRANIANA
No início do ano de 1965, as irmãs começaram o trabalho na área da
educação, lecionando numa casa alugada que se localizava na atual Av. Paulino
F. Messias (proximidades do Sindicato Rural). A casa era bastante velha e,
quando o tempo ameaçava chuva, as crianças eram dispensadas, pois a casa,
literalmente, balançava.
A escola, denominada Educandário Nossa Senhora de Fátima, foi
inaugurada em 17 de setembro de 1967. Mais tarde passaria a ser chamada Escola
Nossa Senhora de Fátima.
Em 17 de fevereiro de 1968, a escola recebeu a visita do então
governador do Estado do Paraná Paulo Pimentel, acompanhado de padres de Campo
Mourão e do bispo Dom Elizeu.
As mensalidades pagas pelos pais, para que os filhos estudassem no
Educandário e depois Escola Nossa Senhora de Fátima, sempre teve valor baixo,
visto que o Poder Público Municipal era responsável pelo salário dos
professores e servidores. Com o passar do tempo esta verba começou a ser
reduzida. À medida que isto acontecia, as mensalidades aumentavam.
A partir do ano de 1998, além do ensino primário, teve início a quinta
série do 1º Grau.
EDUCANDÁRIO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS
Um grande prédio estava sendo construído no início da década de 60
para as irmãs ucranianas que viriam a Mamborê. Este se localizava na esquina
das atuais Av. Manoel Francisco da Silva e Rua Guadalajara (jardins do Paço
Municipal e oposto a Auto Peças Paraná).
Em meio à construção, esta passou ao pároco da Igreja Católica -
Rito Latino, padre Leopoldo Jarek, para o descontentamento dos padres ucranianos
que assistiam a comunidade. O padre Leopoldo e o bispo da diocese de Campo Mourão,
Dom Elizeu, alegaram que a comunidade ucraniana era muito pequena.
Antes da conclusão, um vendaval destruiu parte das instalações, sendo
reerguido novamente.
No início do ano de 1962 Mamborê recebeu as irmãs religiosas do Rito
Latino, pertencentes à Congregação Filhas do Amor Divino, procedentes do Rio
Grande do Sul. Com elas, instalou-se o Educandário Sagrado Coração de Jesus
atendido por seis irmãs. Tratava-se de uma escola particular com ensino de primário.
De acordo com a irmã Clotilde, que permaneceu alguns anos em Mamborê e
atualmente trabalha na cidade de Nova Cantu - Paraná, com a chegada das irmãs
do Rito Ucraniano houve uma divisão nos alunos. Com dificuldades financeiras e
sem apoio, segundo ela, a Congregação achou por bem retirar as irmãs. Segundo
outras informações, houve alguns desentendimentos entre as irmãs e o pároco
da época, fazendo com que estas saíssem. Isto aconteceu por volta de 1966.
RUI BARBOSA
A atual Escola Estadual Rui Barbosa teve o início de sua história em 15
de fevereiro de 1967. Nesta data era fundado o Ginásio Estadual de Mamborê,
pelo decreto Nº 4092.
Teve como diretor nesse primeiro ano de existência, Dorival Gorski e
funcionou nas dependência do então Grupo Escolar João XXIII, atual Colégio
Estadual João XXIII, com 18 alunos na primeira série ginasial.
Os primeiros professores foram: Alceu Kloster, Antonio Germano Wünsche,
Bernadete Oliveira Silveira, Heitor Malmstrom, Irajá F. Messias, Maria de
Lourdes M. Pereira, Maria Silvia Wünsche e Ubiratan F. Messias.
No ano seguinte, 1968, a escola passou a funcionar nas antigas instalações
do Educandário Sagrado Coração de Jesus. Este localizava-se na esquina da
atual Av. Manoel Francisco da Silva e Rua Guadalajara (local da Prefeitura
Municipal).
No ano de 1968 esteve à frente da direção Maria Silvia Almeida Wünsche
e no período 1969 - 1971, Adina Correia Cioneck.
O Ginásio Estadual de Mamborê realizou a sua primeira Colação de Grau
em 2 de janeiro de 1971. Houve missa em Ação de Graças, e Solenidade de
entrega de diplomas no então Club 28 de Julho.
A seguir, a lista com os nomes dos formandos da primeira turma:
Bernardina M. Pazinato, Elci Hamann, Inês Schwab, Ruth Eslauka, Ivete
Atamantchuk, Jaime S. Vieira, João Bonfim, José Angelino Camargo, Maria J.
Moreira, Maria Zeny P. Messias, Marline F. Raiffer de Oliveira, Mirian F.
Raiffer de Oliveira, Renato P. de Miranda, Sueli T. Menon, Terezinha Alves e
Yvone W. Vicente.
Na madrugada do dia 20 de novembro de 1971, a escola foi totalmente
destruída por um incêndio, voltando a funcionar nas dependências do Grupo
Escolar João XXIII. Somente em 1973 seria transferido para as instalações próprias
à Rua Ivaí, 442, onde permanece até a presente data.
Em 12 de fevereiro de 1980 passou a denominar-se Escola Rui Barbosa -
Ensino de Primeiro Grau e, em 1983, Escola Estadual Rui Barbosa - Ensino de
Primeiro Grau.
Outros diretores e respectivos períodos:
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1972-79 - Alceu Kloster
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1980-81 - Dolores S. M. Peres
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1982-86 - Suely Maria Lionço
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1986-88 - José G. Sardi
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1988-91 - Benedito Garcia Filho
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1991-93 - Maria Bernadete Dorini
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1993- - Marco Antonio Mariotto
AH! AH! AH!
Temos que destacar um fenômeno no ramo do riso. Falamos de Demétrio
Zavorutiuk. Sempre montado em sua égua branca, para ele, praticamente tudo era
motivo para uma seqüência de gargalhadas. Os que o conheciam já procuravam
dizer algo engraçado, para ouvir boas risadas.
Uma vez, em um estabelecimento comercial da cidade, gravaram suas
gargalhadas, causando um certo descontentamento por parte de Demétrio. Mas foi
por pouco tempo. Logo passou e ... só alegria de novo!
MECANIZAÇÃO E ÊXODO RURAL
No início da década de 70 o campo começou a mudar. Começaram a surgir
tratores, acompanhados de implementos agrícolas, em substituição aos animais
e ferramentas manuais. Era o ciclo da mecanização que começava.
Com as máquinas no campo e bons planos de financiamento agrícola,
alguns agricultores ganharam muito dinheiro e puderam expandir suas posses. Com
isto, os pequenos proprietários, sem condições de se adaptarem ao novo
sistema, foram se desfazendo de suas terras e mudando para a zona urbana.
Outros, procuraram uma nova vida em Estados brasileiros onde a terra era
mais barata.
Há muitos casos nos quais os pais insistiram em permanecer, mas os
filhos acabaram partindo, visto das dificuldades em conseguir trabalho. Outros
deixaram a família para buscar estudo. Boa parte destes também não
retornaram, pois o campo de trabalho era pequeno para estes novos profissionais.
A queda vertiginosa na população nos últimos anos pode ser
perfeitamente compreendida. Basta imaginarmos um município que depende quase
que totalmente da agricultura e esta, ao ser mecanizada, torna a mão-de-obra
desnecessária.
COAMO
A COAMO - Cooperativa Agropecuária Mourãoense, foi fundada por 79
agricultores no ano de 1970, tendo como sede Campo Mourão. Dos mamboreenses que
fizeram parte da fundação da cooperativa, citamos: Ermindo Appelt, Milton
Coutinho Machado e Desidério Brunetta.
Em 18 de abril de 1975 a COAMO iniciou suas atividades em Mamborê, sendo
o primeiro entreposto construído. Deveria ser em Engenheiro Beltrão, mas
devido a um movimento feito por agricultores mamboreenses, mostrando que este
município tinha uma necessidade maior, naquele momento, Mamborê ganhou o
entreposto. A inauguração deu-se em 27 de junho de 1976.
Em meados de 1998, dos pouco mais de 17.700 cooperados da COAMO, nos
Estados do Paraná e Santa Catarina, 1.095 são do entreposto de Mamborê.
CLUBE
DE
MÃES
O Clube de Mães Imaculada Conceição foi fundado em 22 de novembro de
1975. Houve época em que chegou a ser freqüentado por 120 mães.
Quando da fundação, funcionava na esquina da Av. Augusto M. dos Santos
e Rua Ricardo Kauffmann.
Ressaltamos o trabalho de Orcelina Aldrigue, fundadora do Clube de Mães,
e perseverante no trabalho durante muitos anos.
Há alguns anos que o Clube está desativado em Mamborê, havendo o
interesse de reativá-lo novamente.
Nas antigas instalações da APMI, funciona atualmente o Projeto PIÁ,
atendendo crianças e adolescentes, na faixa dos 7 aos 14 anos de idade. Este
foi fundado em 2 de junho de 1997.
JURANDA
Após ser Distrito de Mamborê durante vários anos, Juranda conseguiu
sua emancipação em 16 de dezembro de 1981, sendo prefeito de Mamborê, na época,
Ubiraci Pereira Messias.
A área do Município de Juranda é de 357,56 km².
RADIOAMADORISMO
O hobby de utilizar a faixa do cidadão, ou seja, a faixa dos 11
metros (PX), teve seu início com Wilson Menin.
Em 1980, Antonio G. Pazinato, ingressou no mundo dos 11 metros, com o
indicativo PX 5 A 0745, fornecido pelo DENTEL.
Em 1981 foi fundado o agrupamento FACIMAM - Faixa do Cidadão de Mamborê.
Aproximadamente trinta operadores faziam parte do grupo. Em 1983 realizaram um conteste
divulgando o aniversário do Município de Mamborê, enviando mais de 300
diplomas a diversas localidades do Brasil e de outros países.
No final do ano de 1997 entrou em funcionamento a repetidora de VHF e, em
1998, a repetidora para uso comercial, também na faixa de VHF.
MICRO-BACIA E PLANTIO DIRETO
Com o advento da lavoura mecanizada, a partir de 1970, surgiu o problema
da erosão que, além de levar a camada de terra fértil das propriedades,
destruía as estradas e assoreava os leitos d’água, levando resíduos de
produtos agrícolas, ofensivos à vida aquática.
A partir de 1983 as estradas do município começaram a receber um
tratamento diferente, com lombadas e reservatórios às margens, para reter a água
das chuvas. Os proprietários rurais também colaboraram, fazendo os terraços
de forma a manter as águas na própria propriedade.
A primeira micro-bacia do município teve uma extensão de
aproximadamente 20 quilômetros, entre Mamborê e o patrimônio Guarani.
A técnica do plantio direto só veio contribuir para com a conservação
do solo do município, além de preservar mais o meio-ambiente e facilitar o
trabalho dos agricultores.
Um dos agricultores pioneiros na utilização do plantio direto foi
Erasmo Machado. Na época, ano de 1977, buscaram a técnica com um agricultor de
Campo Mourão. Somente no final da década de 80 e início da de 90 é que o
plantio direto passou a ser adotado pela maioria dos agricultores do município.
ROTARY CLUB
O Rotary Club foi fundado por Paul Harris, um advogado, em 1905, em
Chicago, EUA e está presente em mais de 160 países.
Em Mamborê, o Rotary International foi fundado em 17 de junho de 1986,
tendo como primeiro presidente Arcílio A. Barszcz. O Rotary Club Mamborê
pertence ao Distrito 4630.
Quanto ao Rotaract, que só pode existir nos locais onde há um Rotary
Club para patrociná-lo, realizou sua primeira reunião em março de 1988. A
oficialização, por parte do Rotary International, aconteceu em 13 de agosto do
mesmo ano. O primeiro presidente foi Josevam Alencar Barreto.
Entre as várias realizações do clube, citamos os primeiros bailes em
estilo country em Mamborê e eventos homenageando os profissionais
destaques do ano. Os membros do clube visitaram o Rotaract Club de Assunção,
Paraguai em 1989 e o Rotaract Club de Montevidéu, Uruguai, em 1990. Alguns anos
mais tarde, dois membros visitaram clubes em Santiago, Chile.
RELIGIOSOS - FILHOS DE MAMBORÊ
Na década de 50 Helena Cardoso fez os votos, se tornando irmã. Esta
permaneceu 15 anos na vida religiosa.
Na mesma década de 50, Edvirges Mazur, irmã de Eugênio Mazur, fez os
seus votos. Edvirges nasceu em Mamborê e atualmente reside em Curitiba.
Ingressou na congregação das irmãs Vicentinas.
Mais tarde, Luzia Cândido tornou-se irmã religiosa, entre outras na paróquia
de Mamborê.
No ano de 1956, foi ordenado sacerdote, Haroldo Antonio Mendes dos
Santos, filho de Augusto Mendes dos Santos e Maria Mendes Cruz. Sua ordenação
aconteceu em São Paulo.
Ademar Oliveira Lins teve sua ordenação sacerdotal em 8 de dezembro de
1983.
Ivo Celestino Bossak foi ordenado padre diocesano em 4 de maio de 1997,
em cerimônia no Ginásio de Esportes Alceu Roque Devite.
Pedro Marques, também diocesano, foi ordenado em 26 de junho de 1998, na
Igreja Matriz de Mamborê.
INFORMATIVO MAMBOREENSE
Circulou em Mamborê o jornal mensal Informativo Mamboreense, no período
novembro/87 a agosto/88. Este tinha tiragem de 500 exemplares e era distribuído
principalmente aos estudantes.
O IM estava sob a responsabilidade da equipe formada por: Alfredo R.
Carneiro, Jocelito Szlachetka, Vilson Ferreira da Silva e Vilson Parteka Olipa.
PUBLICAÇÕES
Ao longo da história, alguns mamboreenses destacaram-se na literatura.
Em 1985, Constantino Medeiros, que chegou em Mamborê no ano de 1965,
procedente de Lages, SC, publicou o livro “Síntese Existencial”. Participou
com poesias em várias coletâneas.
Em 1985 Jaime Correa publicou “Por Favor! Deixe-me Viver”. Depois,
adotou o pseudônimo “J. Carrera” e publicou: Totalmente Loucura, Tudo Azul
no Paraíso, Homem Objeto, Um Anjo Que Peca, O Menino dos Olhos Mágicos,
Cigano, O Menino Que Queria Ser Poeta, O Menino Que Queria Ver o Anjo e O Livro
das Almas Tristes. Além destes, participou com poesias em 6 coletâneas.
Em 1988, Marcia Granja publicou o livro de poesias “Sombras e Esperanças”.
Em 1988 Diva Brunetta Vendramini lançou o livro de poesias “Manifesto
de Amor”. Diva é membro do Movimento Poético Brasileiro de São Paulo e
nesta associação já teve participação em várias antologias poéticas.
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