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23/09/09 Qua 9h09  
VALORES  
Publicamos hoje um texto sobre valores morais. Este, foi escrito pela professora Aparecida Zocatelli Ribeiro, juntamente com os alunos da terceira série A, da Escola Municipal Elisabete. O texto é de conclusão do Projeto Pedagógico desenvolvido com os alunos da referida série.


Texto de opinião   

Valores Morais: Imposição ou Construção?

 

Sabemos da importância dos valores morais para a convivência humana: na família, nas organizações e também na escola. Pois é no ambiente escolar que os valores morais se desenvolvem.

Mas o que é preciso fazer para que a escola cumpra essa função?

Segundo Vicente Martins, Professor da Universidade Estadual Vale do Acaraú, Sobral - CE, as crianças devem discutir e opinar sobre seus conflitos e aflições, inquietações e aspirações pessoais e coletivas para que se desenvolvam.

Educamos em valores, quando os alunos se fazem entender e entendem os demais colegas, aprendem a respeitar, a escutar o outro, a ser solidário e tolerante, a trabalhar em equipes, a compartilhar ou socializar o que sabem, a ganhar e perder e a tomar decisões. Em nossa opinião, as crianças devem construir seus valores morais gradativamente com atividades de leituras e análises de valores e desvalores, listando-os e relatando aos colegas, para em seguida escrever, pois assim perceberão os seus próprios atos ilícitos.

Nem todos os pais e professores são favoráveis a essa filosofia. Para alguns pais, é dever exclusivo da escola a educação de seus filhos, sem que tenham a preocupação em acompanhá-los no processo de desenvolvimento, e para alguns professores, a escola tem a função única de ensinar conteúdos e repassar conhecimentos, esquecendo-se que no ambiente da escola deve haver uma convivência harmoniosa no grupo para que os objetivos do planejamento sejam atingidos, enquanto que um terceiro grupo formado por pais e professores acredita que os valores morais devem ser colocados de modo imperativo, onde as crianças devem aceitá-las e obedecê-las sob condições de punição.

Pensamos que isso seria um verdadeiro absurdo, pois a criança não é um objeto, uma “coisa”, mas um ser em desenvolvimento que tem sentimentos e vontades, porém, com deveres e direitos a cumprir. Por outro lado, essa imposição antidemocrática poderia levá-la ao repúdio às normas e daria


 

possibilidade à instalação da violência. Pois todo ser humano quer ser respeitado, independente de sua idade cronológica e ou de suas atitudes.
O objetivo final da educação em valores na escola é ajudar os alunos a desenvolverem-se como pessoas humanas e tornar possível, visível e real o desenvolvimento harmonioso de todas  essas qualidades.

Acreditamos que é na parceria família-escola que se efetiva essa construção. Pois é o aluno quem deve organizar seu conhecimento e avaliar seu comportamento de acordo com as abordagens que a escola oferece,  onde o aluno tem disciplina, vê o bom exemplo do professor, do trabalho, da honestidade, do altruísmo e da coragem e consiste em os professores, num clima de não diretividade e de neutralidade, ajudarem os alunos a clarificar, assumir e por em prática os seus próprios valores;

A escola deve abordar também a defesa da existência dos princípios universais que constituem os critérios de avaliação moral ou do juízo de valor, que devem ser discutidos em contexto da sala de aula, os dilemas morais sem levar em conta, as diferenças de sexo, de raça, de classes sociais e de cultura; E por fim, é fundamental haja uma discussão que se centra nas histórias pessoais, ou coletivas, nas quais os alunos contam seus conflitos e escolhas morais.

Dessa maneira, as pessoas desenvolvem-se moralmente, tornando-se autores das suas histórias e aprenderão de forma consciente, as lições morais em que contam as suas experiências.

Texto de opinião realizado após o desenvolvimento do Projeto Pedagógico .

Valores Morais: Como os alunos aprendem e ensinam os colegas


Professora Aparecida Zocatelli Ribeiro
Alunos Turma A. 1º ano do 2º ciclo
Escola Municipal Professora Elizabete das Neves Teixeira Fernandes

Mamborê, setembro 2009