Faleceu na tarde de hoje (30) o deputado federal Moacir Micheletto (PMDB). Ele dirigia sozinho na PR-239, em Assis Chateaubriand, quando bateu de frente com outro veículo. O deputado dirigia um veículo Corolla e morreu no local. O acidente foi às 16h.
O presidente do Sindicato Rural de Mamborê Edgar Sehaber e o secretário executivo do Sindicato e diretor da Rádio União FM, James Correia, tiveram uma audiência com o deputado Micheletto, em Assis Chateuabriand-PR, na última sexta-feira (27). No encontro, que foi às 10h da manhã, a equipe de Mamborê discutiu os seguintes assuntos com o deputado:
Os rumos do Código Florestal. "O deputado estava muito contente pois haverá a aprovação do Código em breve e ele é a pessoa chave desta conquista", disse James Correia, que acrescentou que levaram a documentação, para ser entregue em Brasília, sobre a nova modalidade da Rádio União FM.
Foi feito o pedido de recursos de R$ 150 mil para os móveis do centro de eventos do parque do lago. Ele aceitou prontamente e pediu um ofício do Sindicato Rural, sobre o assunto.
"Entregamos uma cópia colorida do TR Notícias da matéria sobre nosso jantar de confraternização, onde citava o deputado, realizado em dezembro de 2011. Ele ficou muito contente e guardou em sua pasta", declarou James Correia.
" Para a agricultura é a perda de um de seus maiores líderes e defensores, na história deste país", lamentou o presidente do Sindicato Edgar Sehaber.
Para James Correia, além de ser um deputado que sempre recebeu boa votação em Mamborê, era um amigo de 25 anos de trabalho na área sindical. "Ele que mobilizou toda a vinda da Rádio União para Mamborê", concluiu James.
Edgar Sehaber, deputado Micheletto e James Correia, dia 27 de janeiro de 2012, em Assis Chateaubriand
-----------------
De acordo com a equipe de Mamborê, no momento da foto acima, o deputado comentou que geralmente fica sério em fotos, mas que, naquele momento, iria sorrir, pois as coisas estavam todas caminhando muito bem.
Outras informações
O velório é no salão da paróquia Nossa Senhora do Carmo, em Assis Chateaubriand, onde morava. O sepultamento será em Toledo, nesta terça-feira (31), às 17h30. Micheletto deixa a esposa Diolinda Salete (56 anos) e três filhos, Marcel Henrique (32 anos), Leonardo Augusto (27 anos) e Ana Letícia (25 anos).
Micheletto nasceu em Xanxerê-SC, em 1942. Estava em seu sexto mandato como deputado. Sua vaga, na Câmara Federal, será ocupada por Odílio Balbinotti (PMDB).
Veículos envolvidos no acidente
Vídeo da RPC TV - Cascavel
Biografia
Moacir Micheletto nasceu em Xanxêre SC, em 1942. Formado Agronomia, pela Universidade Passo Fundo RS, em 1972, chegou ao Oeste do Paraná em 1968, indo residir em Toledo. Sendo o primeiro engenheiro agrônomo na região, Micheletto foi morar na cidade de Assis Chateaubriand em 1973, onde por 26 anos pôde desempenhar diversas funções em prol da agricultura brasileira e da população paranaense.
Antes mesmo de ingressar na vida pública, a partir de 1991, participou da vida política partidária no início dos anos 70. E na legislatura 91/94 assumiu o mandato de deputado federal. Desde então, o povo paranaense o elege, sempre com uma votação crescente. Antes disso, porém, participou de atividades acadêmicas, cooperativistas, sindicais e de outras entidades representativas de classe e associativas.
No Congresso Nacional, integrou vários grupos parlamentares e participou de várias missões oficiais ao exterior, com destaque para as visitas ao Japão, Estados Unidos, México,Espanha, França, Portugal, Itália, Argentina, Venezuela, Uruguai, Paraguai e, por último, a Croácia. Nessas visitas, firmou acordos de cooperação com os países, além de estabelecer trocas de experiências no setor da agropecuária.
Foi presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo, a Frencoop, e presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, a FPA, que hoje tem em seus quadros cerca de 230 parlamentares e da qual é atualmente coordenador político. Foi designado relator do projeto oriundo do Executivo sobre o Fundo de Catástrofe, também conhecido como fundo da renda rural. Este projeto já foi sancionado pelo presidente Lula e está em processo de regulamentação.
Uma missão espinhosa foi a presidência da comissão especial para a reforma da legislação ambiental. Durante um ano e meio visitou todos os
biomas e 23 estados promovendo audiências públicas para ouvir as entidades, a academia, a classe produtora, enfim, os interessados neste discutido tema.
Na eleição deste ano recebeu 121 mil e 285 votos. Foram 17 mil e 965 votos a mais que o pleito de 2006. Sempre vem merecendo dos eleitores paranaenses mais votos em cada eleição. Uma prova de que seu trabalho está correspondendo ao apoio crescente que tem recebido. Foi eleito para o sexto mandato. “Isso me anima e me estimula a exercê-lo com mais motivação e afinco, sempre em defesa dos interesses do Brasil e do Paraná.”
São tantas as bandeiras que defende. Afinal, são mais de 20 anos de mandato. É ligado ao agronegócio, setor que defende na Câmara Federal com muita garra. Pautou os seus mandatos em defesa da renda e do emprego na agropecuária em geral e, em particular, das cadeias produtivas de produtos como o leite, o trigo, a avicultura, a suinocultura, sempre pensando no fortalecimento do grande, médio e do pequeno produtor.
Nos últimos anos, trabalhou exaustivamente na renegociação das dívidas rurais e na criação do Fundo de Catástrofe, ou seja, no seguro da renda rural. Esta era uma antiga reivindicação do campo. Mais recentemente, presidiu a comissão especial para a reforma do Código Florestal Brasileiro para que o Brasil passe a ter uma legislação ambiental moderna, avançada e condizente com os avanços do agronegócio brasileiro, uma legislação que concilie produção com proteção e que estimule uma agricultura sustentável.
