12/04/14 Sáb 14h39
Sanepar
Empresa de saneamento pressiona o Município para assinar o contrato

Quando os vereadores de Mamborê votaram contra o  projeto referente ao abastecimento de água e esgotamento sanitário do Município de Mamborê, que permite a Prefeitura assinar contrato com a Sanepar para os próximos 30 anos, com possibilidade de renovar para mais 30 anos, congitava-se que poderia haver penalizações por parte da empresa, contra o Município. A votação do Legislativo Municipal foi em novembro de 2013. Cinco meses depois, as ameaças de penalizações vieram!

Emília Belinati, diretora comercial da Sanepar; Edson Lima, chefe regional, e alguns técnicos da Sanepar estiveram em Mamborê na manhã de quinta-feira (10). A reunião foi na prefeitura, entre o prefeito Nei Calori, o presidente da Câmara Mauricio Jotta Massano, o vereador Silvio Silveira e outras pessoas.

Mesmo o atual contrato entre o Município e a Sanepar ter ainda 20 anos de vigência, a empresa ameaça não executar a rede de esgoto no Conjunto Santa Luzia e outros

lugares, bem como no Conjunto João Paulo II, com 151 casas.

O prefeito Nei Calori disse que a decisão cabe à Sanepar e aos vereadores e, segundo ele, é importante que as partes se reúnam para um entendimento. "O que não pode é o município ser prejudicado com o corte de investimentos; estes recursos são importantes para que possamos investir na melhoria e na qualidade de vida da nossa população", disse o prefeito.

O presidente da Câmara Maurício J. Massano marcou para o dia 29 de abril uma nova reunião para que a Sanepar  possa apresentar a proposta aos vereadores.

Situação

Por um lado, é inconcebível assinar um contrato com 20 anos de antecedência, já que o atual contrato vai até o ano 2034. Por outro lado, se o contrato for assinado, ele será para 30 anos a partir de agora, ou seja, alterará em 10 anos o atual contrato. Analisando desta forma, não altera tanto. Cogitou-se muito nas dicussões entre os vereadores, no final do ano passado, a prorrogação para mais 30 anos, o que elevaria para 60 anos, o novo contrato. Faz-se necessário que as cláusulas sejam muito claras com relação a essa prorrogação, para que ela só aconteça com aprovação dos dois Poderes: Executivo e Legislativo do ano de 2044.