Uma equipe de conselheiros visitou e fotografou os locais que constam no relatório da Prefeitura de Mamborê como roçados. O parecer dessa comissão foi de que o trabalho não havia sido realizado. Foi convocado o responsável pelo Setor Urbano José Clemente da Silva Neto para responder às dúvidas dos conselheiros. Este afirmou que o trabalho foi feito e que o matagal cresceu novamente. A comissão alegou que 40 dias, ou pouco mais que isso, não seria suficiente para que o mato crescesse tanto. Diante do impasse, optou-se por uma nova visita aos locais que constam no mapa como roçados. Foi formada uma equipe com vários conselheiros, José Clemente da Silva Neto e um responsável pela empresa que havia sido contratada. Essa equipe fará a vistoria na segunda-feira (20).

Terceirização

A empresa contratada para a execução das roçadas foi a O. A. Vieira de Campina da Lagoa. Houve dispensa de licitação para a contratação, uma vez que foi caracterizado como serviço emergencial. A empresa recebeu R$ 29.000,00 pelo trabalho de roçada numa área de 96.666,66m². Este valor é o que o Município de Mamborê recebeu por ter entrado em situação de epidemia de dengue, há alguns meses. Houve a aprovação, pelo Conselho de Saúde, da utilização dessa verba em roçadas, como uma das medidas para tentar conter a epidemia. No relatório total consta o valor de R$ 35.408,77, referente a uma área de 118.029,23m². A diferença foi paga com verba do Município.

Os conselheiros também estranharam a tamanho da área. Calculando a área paga com dinheiro vindo à Saúde: 96.666,66m², chega-se à quantidade de mais de 9 hectares (ou quase 4 alqueires). Se incluir o valor total repassado à empresa, que corresponde a 118.029,23m², são quase 12 hectares roçados (ou 4,8 alqueires).

Conselheiros reunidos