Marcelo Luiz Trevizan, delegado da Polícia Civil, concedeu entrevista nesta manhã de sexta-feira (21), na Delegacia de Mamborê, sobre a investigação que resultou na prisão do suspeito de ter assassinado Idair Magalhães, de 44 anos de idade, a poucos quilômetros do patrimônio Guarani. Também participou da entrevista o aspirante Barreto, falando em nome da Polícia Militar. O homicídio aconteceu em outubro de 2016. Idair havia sido visto, pela última vez, na noite de 21 de outubro, há exatamente 9 meses. A investigação teve início logo após a família ter procurado a polícia, alguns dias depois do desaprecimento de Idair. Nesta semana os trabalhos foram intensificados, pela Polícia Civil e Rotam - Equipe Cabo Willian. Após encontrado o corpo, na quarta-feira (19), o IML foi acionado e conduziu o mesmo com a utilização de um veículo descarecterizado, para não chamar a atenção, uma vez que a polícia queria chegar ao suspeito de ter cometido o homicídio. De posse das informações, o delegado procurou a promotoria no final da tarde de ontem (20) e, por volta das 22h, a juíza expediu o mandado de prisão, o qual foi cumprido às 6h da manhã de hoje (21).

"As investigações se desenvolveram de uma forma muito dificultosa, mas todo o trabalho foi feito, toda a informação foi checada", disse o delegado, informando que estiveram em diversas propriedades rurais e até acionaram os bombeiros, em um situação, para realizar busca em rio.

"Infelizmente, encontramos o cadáver (referindo-se ao fato de tê-lo encontrado morto), mas, por outro lado, estamos com aquele orgulho do dever cumprido de termos, finalmente, solucionado este caso", prosseguiu o Dr. Marcelo.

"As polícias trabalham de forma integrada e isso traz excelentes resultados. Não é a primeira operação que a Polícia Civil e a Polícia Militar fazem em conjunto, em nossa região", disse o delegado.

"A família estava nessa angústia há 9 meses. De lá para cá, as investigações da Polícia Civil, com apoio da Polícia Militar, 2ª Cia, fizeram este trabalho e conseguiram desvendar este crime", disse o

aspirante Barreto, lebrando do trabalho da equipe Cabo Willian da Rotam, do investigador Sandro da Polícia Civil e apoio do delegado Marcelo Luiz Travizan.

Motivação

De acordo com o delegado, há dois fatos que podem ter motivado o crime: um deles seria passional e, outro, um acerto de contas, uma vez que a vítima teria adquirido uma arma de fogo do suspeito pelo crime e teria havido um desentendimento na negociação.

Duas prisões

O segundo homem preso, que seria um funcionário do suspeito de ser o autor do crime, não tem envolvimento com o caso, de acordo com as investigações, relatadas pelo delegado. Ele foi conduzido à delegacia devido a porte ilegal de armas, ou seja, estava com uma arma não registrada, em sua casa. O suspeito do crime também tinha uma arma em casa, porém registrada.

Morte

Pelo que se apurou, foram 3 disparos de arma de fogo, sendo 2 na cabeça e 1 nas costas. A comprovação virá com o laudo do Instituto Médico Legal (IML).

Idair Magalhães, que  residia com a
filha Jaqueline na Fazenda Três Fronteiras,
a cerca de 12 km do Guarani,
conforme matéria na época do desaparecimento